Dia Internacional das Jovens Mulheres nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
No Dia Internacional das Mulheres nas TIC, reconhecemos e celebramos o papel crucial das mulheres no mundo da tecnologia. O objetivo é defender os seus interesses e incentivar jovens mulheres a explorar diversas áreas das ICT, assim como a construir uma carreira profissional neste setor.Apesar do progresso feito, as mulheres continuam sub-representadas na indústria tecnológica e enfrentam alguns desafios únicos. Por isso, é essencial continuar a apoiar as jovens no seu percurso para o mundo da tecnologia, oferecendo as ferramentas e as oportunidades necessárias para aprender, crescer e alcançar o seu máximo potencial. Só assim poderemos construir um mundo mais inclusivo e equitativo, onde as mulheres possam prosperar em todos as áreas.Na Nearsoft, somos uma empresa tecnológica com um forte foco no desenvolvimento de software bancário e estamos profundamente comprometidos em investir em talentos femininos, pois acreditamos firmemente que a sua presença contribui significativamente tanto para o crescimento da empresa quanto para o avanço da sociedade.Sara Tranquada (33 anos), Ana Alves (27 anos) e Maria Rodrigues (23 anos), colaboradoras da Nearsoft nos departamentos de Mobile, Back-End e Design, respetivamente, partilham os seus testemunhos enquanto mulheres interessadas e ativas no mundo das TIC. O propósito delas centra-se em inspirar as gerações mais jovens e desafiar ideias preconcebidas sobre o trabalho no setor tecnológico.SARA TRANQUADA | 33 anos | Mobile Developer na Nearsoft"Engenharia Informática nunca foi um curso que pensei seguir, mas agora não me imagino a fazer outra coisa. Depois do secundário, estava indecisa sobre que caminho seguir, porque todos à minha volta, especialmente a minha família, seguiam profissões tradicionalmente associadas ao seu género. No entanto, eu queria seguir um percurso académico relacionado com as minhas paixões e interesses, e foi assim que descobri a engenharia informática. Para minha surpresa, gostei tanto da experiência que acabei por fazer um mestrado.Infelizmente, a imagem de um engenheiro ainda é predominantemente masculina. Porém, isso não foi sempre assim. Durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres eram líderes nas áreas de engenharia, mas a situação mudou depois da guerra. Esse contexto histórico foi uma inspiração para a minha tese de doutoramento: 'Confrontando a Disparidade de Género na Ciência da Computação e Engenharia: Tornando o Bias de Género Visível'. Desde então, obtive o meu doutoramento em Médias Digitais e tornei-me parte da equipa da Nearsoft, onde sou valorizada num ambiente de apoio e inclusão. Encontrei o meu lugar na tecnologia e acredito que mais mulheres podem se interessar por esta área. É crucial investir na educação e consciencialização das gerações mais jovens, enfatizando a importância da tecnologia e incentivando-as a explorar as TIC."ANA ALVES | 27 anos | Desenvolvedora Back-End na Nearsoft "Quando perguntada sobre a carreira que eu gostaria de seguir há dez anos, Engenharia da Computação não estava no meu radar. Eu sempre ouvia que engenharia era coisa de 'homem', mas sempre quis desafiar estereótipos. Um dia, alguém sugeriu a ideia, e eu pensei: 'Por que não?' Decidi-me desafiar e aventurar-me numa área desconhecida. No início do curso, percebi a realidade: em cerca de 70 alunos, pouco mais de 5 eram mulheres. No entanto, a baixa representatividade de mulheres motivou-me ainda mais a continuar, e hoje, estou feliz por trabalhar numa área que constantemente me desafia. É crucial ensinar programação desde cedo nas escolas, especialmente porque estamos caminhando para um mundo cada vez mais digital. Isso ajudaria a mudar perceções negativas sobre o papel das mulheres no setor de tecnologia. Na Nearsoft, faço parte da equipa de back-end/middleware, onde sou reconhecida e respeitada pelo meu trabalho. No entanto, essa realidade não é a mesma para todas as mulheres na indústria. Muitas ainda enfrentam desafios para serem contratadas ou obterem o reconhecimento que merecem, já que persiste a ideia de que os homens são mais qualificados para atuar no setor de tecnologia. Às mulheres que desejam entrar nesse campo: não tenham medo nem desistam devido aos estigmas sociais associados a essa área, predominantemente ocupada por homens. Se este é um mundo que, de alguma forma, as encanta, arrisquem. O importante é que aproveitem a oportunidade de aprender, pois a aprendizagem contínua é um valor essencial no setor de tecnologia."MARIA RODRIGUES | 23 anos | Designer UI/UX na Nearsoft "Este percurso sempre foi de grande interesse e curiosidade para mim; sempre gostei de design e de todas as áreas que abrange. Durante a minha licenciatura, explorei todas as vertentes do design como forma de comunicação. Quando experienciei design de experiência do utilizador e design interativo, fiquei fascinada com a multiplicidade de possibilidades de produtos que poderíamos desenvolver. Participei em projetos com interação sensorial e desenvolvi plataformas digitais para diversos fins através do processo de Design Thinking. Como mulher, enfrento frequentemente desigualdades e discriminação, mas na minha área existem pessoas de todos os géneros nas empresas. Chego mesmo a sentir que o design é entendido como uma arte pelos menos informados, tornando-o uma profissão frequentemente percebida como feminina, dado que os paradigmas sociais dizem que as mulheres têm maior sentido estético que os homens. Neste sentido, é necessário combater alguns preconceitos que persistem, tanto para as mulheres cujas competências são reduzidas ao campo estético do design como para os homens que não são valorizados na área.É importante compreender que o design não é subjetivo (como algo bonito), mas objetivo. É um método de manipulação visual, pelo que temos de passar por um processo de entendimento sobre quem vamos manipular (posição geográfica, idade, género, classe social, etc.) e a reação que queremos que tenham perante o produto que estamos a criar. Isto é chamado de Design Thinking (investigação, análise, empatia, experimentação e teste). Existe a noção de que o design é apenas estético, e muitas vezes não somos incluídos, enquanto designers, nas decisões funcionais dos produtos que desenvolvemos, quando o nosso papel inicial é também realizar esta análise funcional, a parte mais importante do nosso trabalho. Na Nearsoft, faço parte da equipa de Design, onde me sinto integrada e ouvida. O meu papel na empresa é gerir a experiência do utilizador e passar a documentação de design para os programadores. Aos interessados em ingressar na área de tecnologia, recomendo que invistam em conhecimento e pesquisa na área; há muitas opções. Quanto mais familiarizados com o assunto, maiores são as chances de sucesso.”Deste modo, torna-se evidente que a Nearsoft é uma empresa que valoriza a diversidade nas suas equipas e acredita que a inclusão de indivíduos com diferentes origens, perspetivas, competências e géneros é essencial para o sucesso num mercado global cada vez mais competitivo. A presença das mulheres da Nearsoft no Web Summit 2018 é um exemplo claro do nosso compromisso em promover a diversidade e a inclusão nas nossas equipas e em toda a indústria tecnológica. As quatro mulheres que integraram uma equipa diversificada demonstraram ser uma contribuição significativa para o sucesso da participação da empresa no evento tecnológico mais importante da Europa. Por isso, destacamo-nos como um exemplo e, com um sentido de responsabilidade, a Nearsoft, enquanto empresa tecnológica, continuará a participar em esforços que promovam a consciencialização sobre o importante papel das mulheres no mundo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).